A Minha Vivência com as Artroses
As artroses têm sido a minha companhia diária ao longo de muitos anos e não são a melhor companhia que se possa desejar, mas teremos de aprender a viver com o que nos vai surgindo e não desanimar.
Para não se tornarem monótonas, elas resolveram instalar-se em várias áreas do meu corpo.
Começam no pescoço, com os antigamente chamados “bicos de papagaio” que “picam” bastante, me dificultam o movimento da cabeça, por exemplo durante a condução, e emitem um som que parece que algo se está a desfazer na minha cervical.
Vão deslizando para os ombros até aos dedos das mãos. A pouco e pouco, fui-me apercebendo que os dedos iam ficando deformados, o que me dificulta efectuar algumas tarefas como enfiar agulhas para coser, arranjar legumes, entre outras.
Não se sentindo satisfeitas, continuam pela coluna vertebral, fazem uma visita na anca, descem até aos joelhos e continuam até aos dedos dos pés. Devido a estas intrusas já há muito que deixei de usar aqueles sapatos que nos fazem uns pezinhos elegantes. Agora terão que ser de caixa alta e biqueira larga para elas, as artroses, não se queixarem.
Tenho de confessar que sou muito má paciente e que só recorro a medicamentos para aliviar as dores quando estas já se tornam insuportáveis.
Mas, para evitar que o meu corpo fique cada vez mais ferrugento, há já alguns anos que pratico Chi-Kung terapêutico, que muito me tem ajudado. É uma modalidade que contribui para corrigirmos a nossa postura, reforça os músculos e dá-nos uma agradável sensação de bem-estar. Recomendo a todos os que padecem do mesmo problema.
Isabel Ferreira
Artigo publicado no Boletim nº 55 (Abril a Junho de 2015)